sábado, 31 de outubro de 2015

Histórias duvidosas: A história de Norah Heike

Capítulo I
Dias nublados e tristes,calmaria,almas adormecidas em corpos mortos,aprisionadas eternamente...
É angustiante todas essas memórias,preciso compartilha-las com alguém. Uma forma de desabafar sem sair do anonimato, jamais me encontrariam,vivemos em um mundo onde realidade e ilusão se confundem...
Como tudo começou,1857 Munique,eu vinha de uma família rica e renomada de cientistas e farmacêuticos,meu avô inventou um medicamento em 1803 para aliviar dores e prosperou com a descoberta.Casou-se com uma mulher jovem e teve dois filhos,um menino,e uma menina, que morreu com a mãe na hora do parto.Depois dos tristes acontecimentos dedicou sua vida à ciência,mantendo seu filho esquecido em um internato.Morreu logo depois aos 58 anos intoxicado quando tentava criar um medicamento que revolucionaria o mundo um elixir de vida eterna,deixou posses e escritos da receita inacabada do elixir para meu pai, que cresceu  tornou-se advogado e casou-se com minha mãe,ele era severo e vivia com a cara fechada, enquanto ela era meiga, e sempre sorria,tinha uma linda voz,era graciosa,cabelos loiros,olhos cor de mel,mas era infeliz ao lado dele,nunca concordavam em nada,ela sonhava em viajar, amava poesia era uma romântica nata.Já ele,era prático, realista,perfeccionista. Quando eu tinha 8 anos,ela me deu um abraço e disse que um dia voltaria para me buscar,pôs em meu braço uma pulseira que ela sempre usava com um provérbio em latim:"Carpe Diem", e se foi, fugiu com um malabarista de um circo que estava na cidade.
Depois do abandono,meu pai foi morar em Berlim e fundou outro escritório lá. Fiquei com a governanta,continuei em Munique.Minha infância não foi tão ruim, eu era uma garota rica,cheia de caprichos,tinha uma coleção gigantesca de bonecas de porcelana.Tudo o que eu queria acabava conseguindo.Quando cresci eu não era a garota mais bonita da cidade tampouco do bairro,da rua talvez, levando em conta que lá não tinha muitas casas,mas eu era diferente das outras garotas,tinha algo que elas não possuíam.
A maior preocupação do meu pai, quando vinha me visitar, era com meu casamento.
-Norah irei arranjar um bom casamento para você,com seu dote terá o partido que quiser.
-Sim papai, aliás já tenho um em vista,o filho do Sr.Lancaster.
-Jamais Norah,você tem que arranjar um homem de posses,não um rapaz imaturo.
-Mas papai,ele vai ser médico,tem um bom futuro.
-Não Norah, aliás o rapaz não está noivo?!Você perdeu o juízo. Eu irei arranjar seu casamento.
-Tudo bem papai.
Claro que não estava tudo bem,perdi o juízo,perdi a noção,não importa o que eu precisasse fazer,o Hugo Lancaster seria meu. A verdade é que a primeira vez que vi ele, me apaixonei,ele era radiante,seu sorriso me trazia paz,ele era bondoso defendia os pobres e os lazarentos. Tinha cabelos lisos castanhos um pouco compridos,uma beleza aristocrática.
Nunca quis tanto algo como queria ele no exato momento que-o vi.

E foi assim que tudo começou,com um sentimento que eu não podia controlar. O começo do nosso fim.

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